O Hino Nacional

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Obras Bibliográficas

Ficha Bibliográfica
[819619]
A REPUBLICA
A Republica : jornal do povo. - N. 1 (25 Abr. 1848)-n. 8 (20 Jun. 1848). - [Lisboa : s.n.], 1848. - 27 cm. - Título manuscrito, na p. de tít., comum a todos os expoentes : "Escriptos republicanos impressos clandestinamente em Lisboa em 1848" PTBN: RES. 303//6 A.. - Pert manuscrito na p. de tít. comum a todos os expoentes: "Pertence a Jacinto da Silva Mengo. Hoje a bibliotheca nacional de Lisboa" PTBN: RES. 303//6 A.




Ficha Bibliográfica
[253496]
A Revolução de 31 de Janeiro de 1891 / Biblioteca Nacional ; coord. A. H. de Oliveira Marques ; [pref. Maria Leonor Machado de Sousa]. - 1ª ed. - Lisboa : BN, 1991. - 95, [4] p. : il., not. mus. ; 24 cm. - (Biblioteca Nacional. Catálogo ; 33).
ISBN 972-565-090-5






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Ficha Bibliográfica
[819615]
O REPUBLICANO
O republicano. - N. 1 (1848)-n. 5 (1848). - [Lisboa : s.n.], 1848. - 27 cm. - Título manuscrito, na p. de tít., comum a todos os expoentes : "Escriptos republicanos impressos clandestinamente em Lisboa em 1848" PTBN: RES. 303//4 A.. - Pert manuscrito na p. de tít. comum a todos os expoentes: "Pertence a Jacinto da Silva Mengo. Hoje a bibliotheca nacional de Lisboa" PTBN: RES. 303//4 A.                                                                                            

Ficha Bibliográfica
[819618]
A FRATERNIDADEA fraternidade. - N. 1 (1848)-n. 2 (1848). - [Lisboa : s.n.], 1848. - 27 cm. - Título manuscrito, na p. de tít., comum a todos os expoentes : "Escriptos republicanos impressos clandestinamente em Lisboa em 1848" PTBN: RES. 303//5 A.. - Pert manuscrito na p. de tít. comum a todos os expoentes: "Pertence a Jacinto da Silva Mengo. Hoje a bibliotheca nacional de Lisboa" PTBN: RES. 303//5 A.


Fonte: Biblioteca Nacional Digital

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Breve História Hino Nacional

Se a Bandeira Nacional é um símbolo visível, o Hino Nacional constitui a exteriorização musical que proclama e simboliza a Nação.

Só a partir do século XIX os povos da Europa criaram o uso de cantar os hinos, quando um movimento de opinião levou a que cada estado estabelecesse uma composição, com letra e música que fosse representativa e oficial. Até então os povos e os exércitos conheciam apenas os cantos e os toques guerreiros próprios de cada corpo e as canções relativas aos acontecimentos dignos de memória.

Durante a Monarquia, o ideário da Nação Portuguesa estava consubstanciado no poder do rei. Não havia a noção de um hino nacional, e por isso as peças musicais com carácter público ou oficial identificavam-se com o monarca reinante.

Neste contexto, ainda em 1826, em Portugal era considerado como hino oficial o Hymno Patriótico, da autoria de António Marcos Portugal.

Este hino inspirava-se na parte final da cantata La Speranza o sia l'Augurio Felice, composta e oferecida pelo autor ao Príncipe Regente D. João quando este estava retirado com a Corte no Brasil, e que foi representada no Teatro de São Carlos em Lisboa, a 13 de Maio de 1809 paracelebrar o seu aniversário natalício.A poesia do Hymno Patriótico teve diferentes versões face às circunstâncias e aos acontecimentos da época, tornando-se naturalmente generalizada e nacional pelo agrado da sua expressão marcial, que estimulava os ânimos aos Portugueses, convidando-os à continuação de acções heróicas. Com o regresso do Rei ao País, em 1821, o mesmo autor dedicou-lhe um poema que, sendo cantado com a música do Hino, rapidamente se divulgou e passou a ser entoado solenemente. Entretanto, na sequência da revolução de 1820, foi aprovada em 22 de Setembro de 1822 a primeira Constituição Liberal Portuguesa, que foi jurada por D. João VI. D. Pedro, então Príncipe Regente no Brasil, compôs o Hymno Imperial e Constitucional, dedicado à Constituição.

Após a morte do Rei, e com a subida de D. Pedro IV ao trono, este outorgou aos portugueses uma Carta Constitucional. O hino de sua autoria generalizou-se com a denominação oficial de Hymno da Carta, tendo sido considerado oficialmente como Hymno Nacional e por isso obrigatório em todas as solenidades públicas, a partir de Maio de 1834.

Com a música do Hymno da Carta compuseram-se variadas obras de natureza popular (modas) ou dedicadas a acontecimentos e personalidades de relevo, identificando-se em pleno com a vida política e social dos últimos setenta anos da Monarquia em Portugal.

Nos finais do século XIX, A Portuguesa, marcha vibrante e arrebatadora, de forte expressão patriótica, pela afirmação de independência que representa e pelo entusiasmo que desperta, tornara-se, naturalmente e por mérito próprio, um consagrado símbolo nacional, na sua versão completa:

I
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Porém, o Hino, que fora concebido para unir os Portugueses em redor de um sentimento comum, pelo facto de ter sido cantado pelos revolucionários de 31 de Janeiro de 1891, foi desconsiderado pelos monárquicos e proibida a sua execução em actos oficiais e solenes.

Quando da implantação da República em 1910 A Portuguesa aflora espontaneamente de novo à voz popular, tendo sido tocada e cantada nas ruas de Lisboa.

A mesma Assembleia Constituinte de 19 de Junho de 1911, que aprovou a Bandeira Nacional, proclamou A Portuguesa como Hino Nacional.

Era assim oficializada a composição de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça que, numa feliz e extraordinária aliança de música e poesia, respectivamente, conseguira interpretar em 1890, com elevado sucesso, o sentimento patriótico de revolta contra o Ultimato que a Inglaterra, em termos arrogantes e humilhantes, impusera a Portugal.

Em 1956, constatando-se a existência de algumas variantes do Hino, não só na linha melódica, como até nas instrumentações, especialmente para banda, o Governo nomeou uma comissão encarregada de estudar a versão oficial de A Portuguesa, a qual elaborou uma proposta que, aprovada em Conselho de Ministros em 16 de Julho de 1957, é a que actualmente está em vigor.


O Hino é executado oficialmente em cerimónias nacionais civis e militares onde é rendida homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República. Também, quando se trata de saudar oficialmente em território nacional um chefe de Estado estrangeiro, a sua execução é obrigatória, depois de ouvido o hino do país representado.
Fonte: http://jorgesampaio.arquivo.presidencia.pt/pt/republica/simbolos/hinoant.html

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Implantação República 1910




fonte: www.youtube.com

O Dia 5 de Outubro 1910


fonte: www.dailymotion.com

I República 1910-1926


Fonte: www.dailymotion.com

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OS ULTIMOS REIS DE PORTUGAL

A monarquia portuguesa chegou ao fim em 5 de Outubro de 1910 não tanto por incapacidade régia para governar, mas sobretudo devido ao sistema rotativista de governo, em que dois partidos políticos, o Regenerador e o Histórico, alternavam na direcção dos negócios de Portugal.
Os reinados da 2ª metade do século XIX foram razoavelmente estáveis, com algum desenvolvimento económico e prosperidade. Mas, o enriquecimento de uma parte da burguesia portuguesa não conduziu a uma melhoria generalizada do nível de vida da população portuguesa que, para fugir aos problemas sociais, emigrava.
Tal acalmia termina, porém nos anos 90, com a subida ao poder do rei D. Carlos, em 1889 inicia-se um período conturbado, marcado por uma intensa crise política, económica e financeira.
Em Janeiro de 1890 a Grã-Bretanha envia um Ultimato, nele obriga Portugal a renunciar a um vasto território entre Angola e Moçambique. O país indigna-se contra a Grã-Bretanha, a monarquia e o rei D. Carlos. Por todo o lado estalam manifestações e tumultos, acusa-se a monarquia de não ter cuidado dos nossos interesses ultramarinos. Os ideais republicanos e socialistas, que vinham já a ter crescentes adeptos a partir dos anos 70, vêem a sua preponderância aumentar. Em 31 de Janeiro de 1891 dá-se, no Porto, a primeira revolta republicana.
Paralelamente desenvolve-se a nível internacional, uma crise económica e financeira. As consequências são graves: depreciação da moeda, falência de bancos, contracção do investimento e aumento da dívida pública. Até 1892 os governos sucedem-se, mas a monarquia ainda não sairá vencida.

DOCUMENTÁRIO SOBRE A VIDA E MORTE DO REI D.CARLOS

No início do novo século, são cada vez mais notórias as divergências entre os chefes políticos. Nas cortes acusam-se mutuamente de corrupção e ineficácia. Dos insultos mútuos, entre partidos monárquicos, aproveita o Partido Republicano.
Em 1906, em plena crise, D. Carlos chama João Franco para constituir um novo governo. Inicialmente governando de acordo com a Constituição, rapidamente estabeleceu uma Ditadura que levou o rei a dissolver as cortes.
Paralelamente, vem ao conhecimento público que a família real tinha recebido, de sucessivos governos, adiantamentos de dinheiro. Esta questão virá a gerar uma violentíssima campanha contra a monarquia. O país mergulha num período de agitação, encarada pelo governo com violência e repressão.
Em Janeiro de 1908 houve uma nova tentativa de revolução pelos republicanos, que foi sufocada à nascença. Contudo, logo depois, o rei acabará assassinado a 1 de Fevereiro do mesmo ano, juntamente com o príncipe herdeiro.
Sobe, ainda ao poder, o segundo filho do monarca que procura dar resposta às reivindicações do país, mas o seu reinado será de curta duração. Em 5 de Outubro de 1910 a revolução republicana triunfa e D. Manuel II parte para Inglaterra.

DOCUMENTÁRIO SOBRE O ÚLTIMO REI DE PORTUGAL D.MANUEL II








Fonte:www.youtube.com